segunda-feira, 7 de março de 2011

LÍNGUA INDOMÁVEL



    TEXTO CHAVE: Tg 3:1-17

1 Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo.
2 Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
3 Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo.
4 Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
5 Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.
6 A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.
7 Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano;
8 mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.
9 Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
10 Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convêm, meus irmãos, que se faça assim.
11 Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?
12 Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce.
13 Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria.
14 Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
16 Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má.
17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
   

REFLEXÃO

Enquanto líderes somos responsáveis por influenciar positivamente aqueles que ensinamos, orientamos e lideramos. Na cultura judaica a profissão de ensinar era muito respeitada, muito mais do que os dias atuais e como mestres as suas palavras e exemplo afetavam a vida espiritual de todos aqueles que estavam sendo ensinados. Tiago os advertiu acerca do glamour que era ensinar, mas também da grande responsabilidade que vinha junto com esse privilégio.

Tudo o que dizemos e às vezes o que não dizemos influenciam a vida das pessoas, saber o momento de falar é fundamental, não devemos apenas expressar o que queremos no tempo certo, mas também não dizer aquilo que não deve ser dito.
Provérbios 22:1 , diz: Mas digno de ser escolhido é o bom nome do que muitas riquezas; e a graça é melhor do que  a riqueza e o ouro.
Quem possui uma língua mentirosa profere apenas engano, profere coisas opostas à verdade, profere falsidade, vive uma pirataria espiritual e com isso desagrada a Deus, pois d’Ele nada conseguimos esconder. Perdemos a confiança das pessoas quando a verdade se manifesta e o nosso nome termina sendo manchado perante os homens.
Devemos estar atentos, vigilantes para que de nossas bocas não saiam coisas boas e ruins ao mesmo tempo, devemos perseverar para falar somente coisas boas por que a Bíblia diz que “De uma mesma boca procede à bênção e maldição. Meus irmãos não convêm que isto se faça assim” (Tiago 3:10).

Se Deus não se agrada da língua mentirosa, devemos nos libertar deste mal para desfrutar da manifestação do poder de Deus em nós e por nosso intermédio, por que "O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade, dura por um só momento".  (Provérbios 12:19).

A verdade ela é invariável e imutável por estar exatamente relacionada com o caráter de Deus. Pelo fato de Deus ser a verdade podemos confiar em Sua palavra para nos guiar.
Palavras faladas com ira são como pregos, que são pregados numa tábua, depois que são retirados deixam as cicatrizes que podem destruir um relacionamento que levou anos para se estabelecer e nos trazer a sensação de que mais tarde podemos nos desculpar imaginando que as cicatrizes sumirão.
Na igreja de Jesus existem muitos crentes “pregos” e muitos crentes “tábuas”, não podemos ser descuidados com o que falamos por que as palavras são como o fogo, e é difícil reparar os danos causados por ele.
Quando queremos somos corretos e agradáveis no falar e isso enche o coração do Pai de alegria, mas às vezes somos como uma potente metralhadora, altamente destrutiva.
A nossa língua retrata a nossa natureza pecaminosa, muito embora tenhamos sido criados à imagem e semelhança do Altíssimo. Ele trabalha incansavelmente para gerar em nós uma transformação poderosa de dentro para fora. Deus nos tirou da terra do Egito e agora está tirando o Egito de dentro de nós.

Você tem falado o que não deve a alguém?

A sua língua está afiada ao ponto de você deixar de falar mal dos outros e com ousadia e intrepidez pregar o Reino de Deus?

Você tem emitido juízo de valor a alguma pessoa? (Pai, Mãe, Filhos, irmãos, colegas de trabalho, Faculdade, Ministério)

Você já tem o coração purificado pelo Espírito Santo?

Então o Espírito Santo irá lhe conceder o domínio próprio para que você possa falar para as pessoas palavras que agradem ao coração do Pai.
A verdade é para ser dita, mas existem verdades que não precisam ser ditas.


No A mor do Pai que nos faz um,

David Oliveira

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS EM NOME DE JESUS


MT.14:22-33
TEXTO CHAVE


22 Logo em seguida ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.
 23 Tendo-as despedido subiu ao monte para orar à parte. Ao anoitecer, estava ali sozinho.
24 Entrementes, o barco já estava a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.
25 A quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar.
 26 Os discípulos, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, assustaram-se e disseram: É um fantasma. E gritaram de medo.
 27 Jesus, porém, imediatamente lhes falou, dizendo: Tende ânimo; sou eu; não temais.
 28 Respondeu-lhe Pedro: Senhor! Se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas.
 29 Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus.
 30 Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me.
 31 Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
 32 E logo que subiram para o barco, o vento cessou.
 33 Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
É importante destacarmos nesse texto três aspectos que considero importantes para o nosso crescimento e amadurecimento espiritual:

  • Jesus no ensina de maneira clara que o propósito da sua retirada naquele momento, era o seu desejo estar a sós com o Pai em oração, o que é vital para quem tem um relacionamento íntimo com Ele. Precisamos nas nossas vidas e agendas “apertadas” ter tempo para estar a sós com o Pai, esta atitude fará com que cresçamos espiritualmente e estejamos prontos para os desafios e lutas da vida, praticando com disciplina para cada dia estar mais parecido com Jesus.

  • A atitude de Pedro não demonstrava nenhuma espécie de teste que ele estava fazendo com Jesus, mas sim, de ser o primeiro e o único naquele momento a ter fé suficiente para espantar o medo e ir ao encontro de Jesus, o que o levou a experimentar de maneira sobrenatural a demonstração incomum do Poder de Deus. Nem sempre as nossas atitudes intempestivas baseadas na nossa fé, produzirão o suprimento de nossas necessidades, mas sim, ao chamado de Jesus para nós transmitindo que n’Ele nós podemos confiar e que sempre o encontraremos com as suas mãos estendidas para nos socorrer.

  • Quando na nossa caminhada com Jesus decidimos olhar para as circunstâncias e não para o Senhor a tendência natural é que afundemos nos nossos medos e adversidades, com Pedro não foi diferente, muito embora fizesse a aplicação da sua fé mais do que os outros discípulos, na caminhada Pedro atentou mais para o mar e o vento do que para Aquele que o ordenou ir até Ele. Quando Jesus nos chama, não devemos exitar, e também não devemos tirar os olhos d’Ele, pois, quando assim agimos tendemos a colocar a culpa nas circunstâncias, nas pessoas, nos nossos Pastores, nos líderes, na esposa, no marido, nos filhos... , o negamos, deixamos de ser igreja, saímos da igreja (instituição) e da comunhão com os irmãos.

O Senhor torna sublime a grandeza da fé na vida do discipulado, Ele oportuniza aos discípulos e a todos nós o poder de segui-lo mesmo nas adversidades e em meio às circunstâncias.

Quando confiamos no Senhor não existem barreiras, ventos, ondas, obstáculos, muros, impedimentos, etc.,  caminhar sobre as águas é só uma pequena demonstração do que Jesus pode fazer na vida daquele que nele confia, a necessidade daquele momento era andar sobre as águas sem afundar, e a sua necessidade neste dia qual é? Você tem fé suficiente para clamar e ver a resposta de Deus em sua vida?
Então ande em nome de Jesus.



No Amor do Pai que nos faz Um.
David Oliveira